Entre as famílias de italianos que desembarcaram no Brasil e foram viver no Espírito Santo, a Corteletti foi a que mais cresceu. Levantamento realizado por Roberto Loureiro, casado com Ivanilda Maria, uma Corteletti, e publicado no livro Encontro das Raças, de Rogério Medeiros, pela Editora Don Quixote, em 1997, apontava quase oito mil pessoas espalhadas por 29 cidades capixabas e sete estados brasileiros. Já naquela época, Loureiro, que contou com a ajuda de parentes para dimensionar o número de herdeiros, afirmava que deveriam existir pelo menos outros mil descendentes dos Corteletti, que também possuía uma ramificação no Rio Grande do Sul, onde morou o tio de Giuseppe, Leopoldo Iansello Corteletti. Se os números existentes já eram surpreendentes na década de 90, imagine hoje em dia.

A família Corteletti chega a ser maior do que a população da cidade de Santa Teresa, onde a história começou, mais especificamente na região de Caldeirão. Foi ali que o patriarca Giuseppe Corteletti (1818 – 1896), nascido em Mattarelo, no Trento, se instalou logo que chegou em terras brasileiras, em 1875, aos 57 anos. Junto com ele vieram a esposa, Carolina Carlini (1830/1900), e os cinco filhos: Giuseppe Filho (1852 – 1945), Eugênio Gregório (1859 – 1924), Matteo Geovanni (1863 – 1946), Emanuelle Domêncio (1865 – 1918) e Carolina (1873 – 1952). A família tornou-se dona de terras e os filhos casaram-se com membros de outras famílias da colônia italiana, como os: Colombo, Bitti, Ziviani, Couvre, Zanotti, Rocon, Venturini, Chiabai, Trento, Herzog, Zuno, Coser, Faufner, Tonini, Thiarelli, Loss, Sbardelotti, Fadini, Montagnaro, Possatti, Formentini, Scalzer, Famanini, Passamani, Guissolfi, Malavase, Dedasperi, Bridi, Bach, Demoner e Piveta. E assim vieram as várias gerações de descendentes dos Carteletti.

Texto em Português na página 86 do livro Oriundi – os italianos no Brasil.

Reprodução de foto do álbum da família Corteletti. Fonte: Livro Espírito Santo – Encontro das Raças, de Rogério Medeiros